25/03/2021

Empresa que faz entregas para grandes varejistas, Sequoia dobra de valor Empresa que faz entregas para grandes varejistas, Sequoia dobra de valor

 Empresa que faz entregas para grandes varejistas, Sequoia dobra de valor Empresa que faz entregas para grandes varejistas, Sequoia dobra de valor


Crescendo lado a lado com o comércio eletrônico, mas fora do olhar do grande público, a empresa de logística Sequoia praticamente dobrou de tamanho em 2020, quando a pandemia acelerou a digitalização do brasileiro, que passou, cada vez mais, a receber suas compras em casa. Mirando a expansão, com muito apetite em aquisições, há, neste momento, mais oito ativos sendo analisados na mesa, um ritmo acelerado que foi possível com o dinheiro no caixa após a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

O desempenho da Sequoia, especializada em atender o e-commerce de grandes empresas, como Magazine Luiza, Mercado Livre e Amazon, tem chamado atenção de investidores e se reflete no preço da ação, que acumula alta de 126% desde outubro do ano passado, mês em que abriu seu capital. Com pressa e com apoio das ações em alta, a companhia acaba de anunciar que poderá realizar uma nova oferta e que já tem bancos contratados, conforme informou na noite de terça-feira, 23.

O diretor financeiro da Sequoia, Fernando Stucchi, disse que um dos desafios da empresa tem sido atrair mais pessoas físicas para sua base de acionistas, grupo que cresce a cada dia na Bolsa brasileira, impelido pelo juro baixo e busca por rentabilidade.

“Estamos trabalhando para a construção da marca Sequoia para o mercado, para se tornar mais conhecida. Semanalmente estamos com reuniões com bancos, plataformas e falado com gestoras”, disse. Com o desafio de ser conhecido por um público mesmo não tendo sua marca vista no dia a dia, como ocorre como uma empresa de varejo, por exemplo, aos poucos o trabalho vem rendendo frutos. De mil pessoas físicas investidoras da companhia no IPO, o número está hoje em 7 mil.

Essa atração de mais investidores também se dará pelo crescimento que vem sendo reportado trimestre a trimestre, acredita o executivo. Apenas em 2020, o faturamento saltou 89%, encostando no marco de R$ 1 bilhão. A quantidade de pedidos no ano subiu 57%, para 41,3 milhões. “Sequoia é uma plataforma logística desenvolvida para oferecer soluções para a entrega expressa no mercado. Embora recente, agregou diferentes tipos de soluções logísticas que resultaram no alto posicionamento competitivo que a empresa possui hoje”, disseram os analistas do BTG Pactual Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, em relatório.

A Sequoia saiu do IPO com uma promessa de realizar 12 aquisições. Em pouco espaço de tempo, quatro já foram feitas: a Direcional e a Prime, focadas no segmento de e-commerce de produtos grandes, a logtech Frenet e, nesta semana, a Plimor, a décima aquisição desde a fundação da Sequoia, em 2010.

Segundo Stucchi, das compras de ativos previstas, duas já estão em fase de "due dilligence", que é a análise do ativo, que precede a aquisição. “O crescimento inorgânico por meio de M&A (fusões e aquisições) é uma vertical importante de crescimento. E essa via também ajuda a expansão orgânica, com a chegada de novos clientes”, explica o executivo.

Quando anunciou a oferta pública de ações na B3, a Bolsa de São Paulo, a Sequoia informou que usaria metade do valor captado (R$ 1 bilhão) em aquisições e caminha para cumprir o prometido.

Dentre as oportunidades está também contemplado o setor de tecnologia, visto que, cada vez mais a empresa se torna uma companhia mais “tech”, comenta o executivo. Com isso, a empresa começa agora a fazer um novo movimento, de ir atrás de startups para aquisições. “No mercado tem crescido cada vez mais o número de startups que complementam nossa cadeias de alvo de aquisições”, diz Stucchi.

Antes do IPO, o ritmo de aquisições era outro. A empresa já tinha comprado a TexLog e a Nowlog, ambas em 2018, e a Transportadora Americana (TA), em 2020, além de outras três antes dessas. “O IPO acelerou esse processo”, comenta.

“Acreditamos que a Sequoia ainda tem espaço para continuar consolidando o setor por meio de aquisições cumulativas. Nos últimos dez anos, a Sequoia fez sete aquisições que permitiram à empresa diversificar sua carteira de clientes e expandir sua presença geográfica e ofertas de serviços no Brasil”, afirmaram os analistas do Santander Lucas Barbosa e Rubén López Romero, em relatório recente.

As oportunidades no mercado para aquisição, segundo o diretor financeiro da empresa de logística são inúmeras, dado que esse mercado ainda é muito pulverizado, o que abre espaço para um amplo movimento de consolidação. Para se ter uma ideia, os 30 principais players têm entre 10% e 12% de participação do mercado, o que deixa clara a pulverização. “A ideia é continuar melhorando o serviço ao cliente final. Antes, a preocupação era preço (de entrega), agora é o tempo. Quando o tempo de entrega deixar de ser um diferencial, o preço voltará ao foco”, diz o executivo.

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