A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) divulgou nesta segunda-feira (30) os resultados do mercado global de transporte aéreo de carga referentes a maio de 2025. Os dados apontam que a demanda total, medida em toneladas de carga por quilômetro (CTKs), cresceu 2,2% em comparação a maio de 2024. Para operações internacionais, o crescimento foi de 3,0%.
A capacidade, medida em toneladas de carga disponível por quilômetro (ACTKs), registrou aumento de 2,0% em relação a maio de 2024, chegando a 2,6% nas operações internacionais.
De acordo com Willie Walsh, diretor geral da IATA, apesar de desafios como a queda de 10,7% no tráfego na rota Ásia-América do Norte, o setor demonstra resiliência. “Mesmo com mudanças nas políticas comerciais dos Estados Unidos, a carga aérea se mostra capaz de atender às necessidades da cadeia de suprimentos, redirecionando ou acelerando entregas com flexibilidade”, afirma.
A produção industrial global em abril cresceu 2,6% em comparação ao mesmo período de 2024, enquanto o volume de carga aérea avançou 6,8%, superando o comércio global de mercadorias, que teve alta de 3,8%.
O preço do combustível de aviação em maio foi 18,8% menor em relação a 2024, e 4,3% abaixo de abril de 2025, o que contribuiu para redução de custos operacionais no setor.
Entretanto, o índice de gerentes de compras (PMI) da manufatura global caiu para 49,1 em maio, indicando retração. O índice de novos pedidos de exportação também apresentou resultado negativo (48), refletindo a pressão das recentes alterações nas políticas comerciais norte-americanas.
Desempenho regional do transporte aéreo de carga em maio de 2025
Ásia-Pacífico: crescimento de 8,3% na demanda, com alta de 5,7% na capacidade. América do Norte: queda de 5,8% na demanda, menor desempenho entre as regiões; capacidade diminuiu 3,2%.
Europa: aumento de 1,6% na demanda, com capacidade subindo 1,5%.
Oriente Médio: crescimento de 3,6% na demanda, enquanto a capacidade avançou 4,2%.
América Latina: aumento de 3,1% na demanda, com alta de 3,5% na capacidade.
África: retração de 2,1% na demanda, embora a capacidade tenha crescido 2,7%.
Mudanças nas rotas comerciais
A redução significativa na rota Ásia-América do Norte era esperada devido à queda do efeito de front-loading e alterações na isenção de produtos de baixo valor para remessas de pequenos pacotes, principalmente do comércio eletrônico. Em contrapartida, outras rotas registraram crescimento expressivo, demonstrando a capacidade do mercado de se reorganizar frente às mudanças.
Fonte: Logweb