Por Camila Lima, diretora de Planejamento e Engenharia da FedEx Express no Brasil
No Brasil, o setor de transporte e soluções logísticas é responsável por 9% das emissões totais de dióxido de carbono (CO2), de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações1. Globalmente, o índice sobe para 20% das emissões, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)2. Dada esta realidade, as empresas têm uma oportunidade importante de revisar suas operações para torná-las mais sustentáveis e capazes de conciliar soluções “verdes” com o foco em processos otimizados, seguros, confiáveis e ágeis, que são inerentes ao negócio.
Há mais de 50 anos, a FedEx Corporation (FedEx) tem o compromisso de impactar de forma positiva o mundo, servindo seus clientes, oferecendo um futuro mais sustentável, apoiando as comunidades e ajudando a elevar os padrões de vida. Como parte de seus empenhos para atingir esses objetivos, a empresa lançou, em 2021, a meta global de alcançar operações neutras em carbono até 2040. Naturalmente, existe um esforço diário para conectar a sustentabilidade com a necessidade de processos inovadores e eficientes. Isso não apenas é possível, como ajuda a potencializar o negócio, atendendo a demandas crescentes dos clientes.
Uma das frentes de atuação da FedEx é, por exemplo, a eletrificação de veículos: a empresa trabalha para fazer a transição de toda a frota de coleta e entrega de encomendas para veículos de emissão zero até 2040 por meio de uma abordagem em fases. Neste ano, a operação brasileira recebeu nove vans e 15 motos elétricas, reforçando seu legado de ter sido a primeira empresa de transporte de carga a ter vans elétricas no País. Como parte do compromisso da companhia com o meio ambiente, foi inaugurado o primeiro Centro de Envios FedEx com uma frota 100% elétrica, no Rio de Janeiro, em agosto de 2023.
No ano passado, foi realizado um teste piloto com motos elétricas em Recife e Brasília, utilizando os veículos para operações logísticas de pequenos pacotes em regiões com alto fluxo de tráfego. Durante 120 dias, foram registradas uma redução de 85% nas emissões de carbono e a diminuição de 60% nos custos com combustível em comparação com motos a combustão – todos ganham: o meio ambiente, a FedEx e os clientes.
Na frente energética, a FedEx investe em instalações sustentáveis e inteligentes. Atualmente, a empresa conta com mais de 16 mil m² de área dedicada à energia fotovoltaica no Brasil, com instalações localizadas em Simões Filho, Governador Valadares e Joinville. Em Betim, Minas Gerais, as unidades possuem geração distribuída remota. Essa é outra medida que, além de minimizar os impactos no meio ambiente, permite reduzir custos.
E, claro, sabemos que a sustentabilidade é uma preocupação para todo o mercado, uma vez que muitas empresas possuem metas e compromissos ambientais. Por isso, em outubro de 2023, foi lançada a Fedex® Sustainability Insights, uma ferramenta que fornece aos clientes acesso a informações sobre as emissões de carbono de suas remessas. No Brasil, ela está habilitada para todos os serviços internacionais e em estudos de expansão para o serviço doméstico. Os dados podem apoiar os clientes nas tomadas de decisões sobre suas estratégias de transporte, em linha com os seus próprios objetivos de sustentabilidade.
Esses foram alguns exemplos, mas, na FedEx, existem ainda uma série de outras frentes que vão desde a renovação constante da frota de veículos a combustão, passando pelo uso de embalagens feitas com materiais sustentáveis e até o nosso programa de reciclagem de uniformes antigos – que os transforma em cobertores para serem doados a instituições que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social e, também, ONGs de proteção animal.
Tudo isso são provas de que não apenas é possível, como cada vez mais torna-se realidade a adoção de alternativas sustentáveis que ajudam a otimizar os negócios e se alinham a um movimento global vigoroso que tem promovido uma abordagem sustentável nas operações.
¹ - Fonte: https://portalantigo.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_1606.pdf
² - Fonte: https://portalantigo.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_1606.pdf