03/03/2021

Baixa concorrência na navegação e demanda mundial por matéria prima Baixa concorrência na navegação e demanda mundial por matéria prima

 Baixa concorrência na navegação e demanda mundial por matéria prima Baixa concorrência na navegação e demanda mundial por matéria prima


O preço no transporte de cargas vem sofrendo alterações desde o início da pandemia, provocando impacto direto na economia dos países, incluindo o Brasil, muito dependente do comércio internacional. Mas para o economista e professor, Leonardo Trevisan, no atual contexto não é apenas a incerteza com a pandemia que está pressionando os fretes marítimos. Segundo ele, a demanda por matéria prima em todo o mundo, em razão da recuperação econômica, e a baixa concorrência na navegação marítima no Brasil estão entre os principais motivos para a elevação nos preços dos fretes cobrados.

Trevisan afirmou que existe em curso um processo de recuperação econômica e de ativação dos setores econômicos que demandam matérias primas. A subida nessa demanda aumenta a pressão sobre os fretes, tendo em vista, especialmente, que tal recuperação é desigual, isto é, não ocorre em todos os setores e países da mesma forma. Assim, para ele, não existe dúvida de que o crescimento econômico nos centros econômicos do mundo, como na China e Estados Unidos, afetará os preços dos fretes, pois estes estarão ainda buscando recuperação do lucro perdido ao longo de 2020.

Outro fator que impacta o frete marítimo no Brasil é a baixa concorrência no mercado de navegação. Ele citou o levantamento realizado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que mostra o número reduzido de empresas de navegação no país. De acordo com os dados da CNI, em 2015 existiam 23 empresas, e em 2019 esse número caiu para 14. Sendo que desses, oito são grandes companhias acopladas em três grandes alianças empresariais globais, e que dominam 2/3 desse mercado.

O resultado desse contexto na logística comercial é, por sua vez, o impacto nas taxas inflacionárias. Trevisan afirmou ser indiscutível que o preço dos fretes e “um certo descuido” com a atividade portuária no Brasil, resultam em uma maior intensificação no ciclo inflacionário. “É um ponto consensual que o preço do frete tem um impacto bastante significativo na composição da inflação, sobretudo no Brasil, tão dependente da navegação externa”, frisou.

Notícias Relacionadas
 BBM Logística avança na integração de operações para crescer com eficiência e foco no cliente

13/05/2025

BBM Logística avança na integração de operações para crescer com eficiência e foco no cliente

Em um cenário econômico marcado por taxas de juros elevadas e desafios macroeconômicos, o setor de logística no Brasil enfrenta um dos seus maiores testes. Para manter-se (...)

Leia mais
 Um mês após tarifaço, venda de produtos chineses para o Brasil salta até 40%

13/05/2025

Um mês após tarifaço, venda de produtos chineses para o Brasil salta até 40%

Os cerca de 30 dias de guerra tarifária entre os Estados Unidos e a China, agora arrefecida pelo acordo entre as duas potências globais anunciado ontem, causaram impactos no mercado bras (...)

Leia mais
 Demanda por carga aérea cresce 4,4% em março e atinge pico histórico, segundo IATA

12/05/2025

Demanda por carga aérea cresce 4,4% em março e atinge pico histórico, segundo IATA

A Brado acaba de reforçar sua operação no terminal de Rondonópolis (MT) com a instalação de um segundo tombador de caminhões, ampliando significativamente sua capacidade operacional. O n (...)

Leia mais

© 2025 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.