28/07/2022

Com exportações de US$ 80 bi no primeiro semestre, agro sofre com gargalo logístico

 Com exportações de US$ 80 bi no primeiro semestre, agro sofre com gargalo logístico



Quase metade (48,3%) das exportações do Brasil vem do agronegócio. Não por acaso o País está entre os líderes do mercado global de produtos agropecuários. No primeiro semestre de 2022, as vendas internacionais do setor somaram US$ 79,32 bilhões, 29,4% a mais do que no mesmo período do ano passado, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Mesmo assim o agro brasileiro esbarra em limitações quanto à integração logística, tema que foi debatido na segunda-feira (25), durante o Global Agribusiness Forum (GAF 2022).


Para o diretor de Supply Chain para América do Sul da Cargill, Ricardo Nascimbeni, parte dessa fragilidade está no fato de a cadeia de comércio exterior ter milhares de stakeholders. O avanço nessa integração passa pelo desenvolvimento tecnológico. “Temos muita tecnologia no campo, mas não no trajeto da logística de ponta a ponta”, afirmou. Segundo o executivo, é preciso acelerar o processo de digitalização do agro, pois a implementação das soluções não é imediata. “E o tempo está passando.”


O diretor de logística da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Alexandre Duarte, apresentou dois exemplos que ilustram bem esse cenário. O primeiro é que alguns mercados não aceitam receber alimentos por transporte aéreo, devido à poluição causada pelos aviões, situação que pode ser revertida com a utilização de combustíveis mais sustentáveis, ou Sustainable Aviation Fuel (SAF).


O segundo é o impacto do combate às drogas em aeroportos sobre as exportações de frutas. “Essa ação precisa ser realizada, mas poderia utilizar alguma tecnologia que evitasse mexer nas mercadorias”, afirmou Duarte. O dirigente da Abrafrutas mostrou imagens de caixas que foram retiradas do carregamento e espalhadas pelo chão do setor de cargas para fiscalização.


Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Julio Busato, que mediou a conversa, até pelas particularidades de cada segmento do agronegócio, a saída para apertar o passo é trabalhar por meio das entidades que representam as cadeias produtivas junto ao setor de logística e ao governo, que segundo ele não acompanha a velocidade do agro no avanço das exportações. “Devemos nos unir ao governo para encontrar soluções, pois sabemos quais são nossas dificuldades”, disse.


Fonte: Istoé



Notícias Relacionadas
 Governo de SP avança na formação de macroanel logístico com R$ 4,3 bilhões em obras viárias no litoral

06/08/2025

Governo de SP avança na formação de macroanel logístico com R$ 4,3 bilhões em obras viárias no litoral

O Governo de São Paulo está consolidando um novo macroanel logístico com foco em mobilidade e desenvolvimento regional, por meio de um conjunto de obras estruturantes no litoral sul. Com (...)

Leia mais
 DP World inicia em setembro operação de armazém em Cajamar-SP

05/08/2025

DP World inicia em setembro operação de armazém em Cajamar-SP

A DP World anunciou que, a partir de setembro, vai iniciar a operação, em Cajamar, a cerca de quarenta quilômetros da cidade de São Paulo, um armazém logístico voltado a operações multic (...)

Leia mais
 Movecta destaca soluções logísticas para diversos segmentos na Multimodal Nordeste

04/08/2025

Movecta destaca soluções logísticas para diversos segmentos na Multimodal Nordeste

A Movecta, um dos maiores operadores logísticos do país, participa da Multimodal Nordeste, de 05 a 07 de agosto (terça a quinta-feira), das 14 às 20 horaso Recife Expo Center, em Recife (...)

Leia mais

© 2025 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.