10/09/2020

Leilões de áreas demandam investimentos em acessos e infraestrutura nos portos

 Leilões de áreas demandam investimentos em acessos e infraestrutura nos portos



_Com 15 leilões de área previstos para este ano e início de 2021, novos investimentos são feitos para receber as novas cargas_

O Ministério da Infraestrutura prevê a realização de 15 leilões de áreas nos portos organizados para este ano e início de 2021. Mas a demanda das novas cargas e o crescimento da movimentação exigirá investimentos em expansão da infraestrutura portuária, melhoramento dos acessos, berços de atracação, entre outros incrementos. No final do último mês, o governo realizou o primeiro grande leilão deste ano no Porto de Santos. Foram licitados dois terminais para a movimentação de celulose que irão render aos cofres do Santos Port Authority (SPA) meio bilhão de reais e R\$ 400 milhões em investimentos no porto em até cinco anos. A previsão é que os terminais comecem a operar em 2023.

Segundo informou o SPA, de forma paralela existe um pacote de investimentos no valor de dois bilhões de reais em acessos rodoferroviários a serem feitos em todo o porto entre 2021 e 2026. Alguns desses investimentos facilitarão o acesso ferroviário aos novos terminais que foram projetados para receberem a celulose pelos trilhos. Entre as intervenções de acesso que devem facilitar o transporte até essas instalações, destaca-se a construção de três novas linhas férreas dedicadas ao escoamento daquele produto. Ainda dentro do novo projeto do sistema ferroviário, terá a construção de viadutos de acesso rodoviário para a eliminação dos cruzamentos em nível com a ferrovia.

As áreas que serão destinadas à celulose movimentavam anteriormente contêineres. Em razão disso, o arrendamento para a nova destinação de carga implicará em uma série de interferências na infraestrutura portuária para adequações. Além disso, os novos arrendatários deverão investir em obras de construção de armazém, aquisições de conjuntos de pontes rolantes com cobertura para área de recepção ferroviária e de equipamentos para carregamento e transporte.

A licitação para quatro terminais de granéis líquidos no Porto Itaqui (MA), prevista para final desde ano, demandarão a expansão na infraestrutura de acessos ferroviários. Estes representam um diferencial competitivo do porto, pois permite o recebimento de biodiesel e distribuição de combustíveis através de duas ferrovias, a TFL (Transnordestina) e a EFC (Estrada de Ferro Carajás), que se interliga à FNS (Ferrovia Norte Sul). O porto informou que as expansões e incremento de negócios demandam investimentos e ampliação de infraestrutura portuária. Assim, para os próximos anos está prevista a construção de dois berços de atracação (berços B-99 e B-98), além de reformas estruturais nos berços existentes.

O Porto de Paranaguá irá licitar áreas para movimentação de veículos. O leilão está previsto para dezembro deste ano. A área leiloada tem 74 mil metros quadrados e pátio com capacidade para quatro mil vagas. O porto já opera com a movimentação de veículo e por isso não deverá realizar grandes mudanças de acesso ou na infraestrutura do porto. Na região existem importantes fábricas de automóveis como a da Renault e Volkswagen.

Ainda este mês o porto realizará audiência pública de lançamento de edital para o leilão dos terminais de líquidos e açúcar. Em seguida serão realizadas mais três audiências para a divulgação dos arrendamentos de áreas para a movimentação de granel sólido como soja, milho e farelo. Os leilões estão previstos para o primeiro semestre de 2021.

No Porto de Maceió (AL) serão licitados e leiloados cinco terminais, sendo três terminais de granéis líquidos (MAC11 e o MAC12) para Petróleo, Combustíveis e Derivados, bem como o terminal de produtos químicos e petroquímicos (MAC10). Os outros dois serão terminais de granéis sólidos, o Terminal Açucareiro (MAC13) e o Cavaco de Madeira (MAC14). Conforme afirmou a Autoridade Portuária dos cinco terminais, três já são operacionais há muitos anos. Os outros dois serão implantados “greenfield projects”. Porém, tudo de acordo com a infraestrutura de acesso terrestre e marítima já existente.

As medidas necessárias de infraestrutura serão realizadas pelos novos arrendatários e já estão previstas nos editais, como é o caso das melhorias e reparos no viário interno do Porto; substituição de cerca de 38 defensas; digitalização da balança; iluminação dos cais, pátios, armazéns e das instalações do Porto; além de investimentos em modernização tecnológica.

Fonte: (Portos e Navios)

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